Palocci é condenado a 12 anos de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
O juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – condenou o ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A sentença é desta segunda-feira (26): leia na íntegra. Esta é a primeira condeção de Palocci na Lava Jato.
Moro determinou a interdição de Antônio Palocci para exercício de cargo ou função pública pelo dobro do tempo da pena. Decidiu ainda o bloqueio de US$ 10,2 milhões, valor que será corrigido pela inflação e agregado de 0,5% de juros simples ao mês.
O ex-ministro foi preso na 35ª fase da operação, batizada de Omertà e deflagrada no dia 26 de setembro de 2016. Atualmente, está detido no Paraná. De acordo com o juiz, ele deve continuar preso mesmo durante a fase de recurso.
Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, foi absolvido dos crimes a ele imputados – corrupção e lavagem de dinheiro – por falta de prova suficiente de autoria ou participação, de acordo com o juiz.
O ex-executivo da Odebrecht Rogério Santos de Araújo também foi absolvido pela mesma razão. Ele respondia por corrupção.
O G1 tenta contato com a defesa de Palocci e dos demais citados na reportagem.
Veja a lista de condenados
**Em atualização
- Antônio Palocci, ex-ministro: corrupção passiva e lavagem de dinheiro – 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão;
- João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva – 6 anos de reclusão;
- Eduardo Costa Vaz Musa, ex-gerente da área Internacional da Petrobras: corrupção passiva – 2 anos no regime aberto diferenciado, pois é delator;
- Marcelo Bahia Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht: até 10 anos de reclusão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, conforme o acordo de delação;
- Fernando Migliaccio da Silva, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro – 4 anos e 6 meses de reclusão, conforme acordo de delação;
- Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro – 4 anos e 6 meses de reclusão, conforme acordo de delação;
- Luiz Eduardo da Rocha Soares – ex-executivo da Odebrecht – lavagem de dinheiro – 6 anos e 9 meses de reclusão, conforme acordo de delação;
- Monica Moura, marqueteira do PT: lavagem de dinheiro: 4 anos e 5 meses de reclusão, conforme acordo de delação;
- João Santana, marqueteiro do PT: lavagem de dinheiro;
- Renato Duque, ex-diretor da Petrobras: corrupção passiva, 5 anos e 4 meses de reclusão;
- João Ferraz, executivos da Sete Brasil: corrupção passiva, pena suspensa pelo acordo de delação.