Lula nega acusação de obstrução à Justiça e diz que sofre ‘quase um massacre’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (14) a pedido do senador Delcídio do Amaral (MS) para o que não é o sentido de que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cervera firmasse acordo de delação premiada com Uma força-tarefa da Operação Lava Jato.
Nesta terça-feira, Lula prestou depoimento na 10ª Vara Federal de Brasília, na ação em que é acusado de tentar obstruir como investigações da Lava Jato. O ex-presidente afirmou que está sendo “vítima de um massacre”. “Você não sabem o que é acordar todo o dia com medo de uma imprensa estar em sua porta, achando que você vai ser preso.”
Lula negou conhecer pessoalmente Cerveró e disse não ter interesse nenhum depoimento do ex-diretor da Petrobras. “Só tem um brasileiro que pode ter medo da doação de Cerveró, que é o Delcídio. Eu não tive nenhuma preocupação com o depoimento de nenhum diretor da Petrobras “, disse o ex-presidente ao juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília.
Perguntado a respeito de reuniões com o ex-senador na sede do Instituto Lula, em São Paulo, ele afirmou ter tido “muitas reuniões com o Delcídio”.
“Ele foi senador da República, líder do governo, já houve várias reuniões em Brasília e em São Paulo. Ele esteve no Instituto Lula vezes “, contou Lula, que, no entanto, negou que o ex-senador foi comentado sobre Cerveró em tais conversas.
O ex-presidente foi ouvido na ação em que é réu junto com o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais três pessoas, todos acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de oferecer dinheiro em Troca do silêncio do ex-diretor da Área Petrobras Nestor Cerveró, para que não firmasse acordo de delação premiado com uma força-tarefa da Lava Jato.
A denúncia, a primeira em que Lula se tornou ré na Lava Jato, foi aceita em julho do ano passado. Em seu depoimento, Delcídio disse ter conversado com Lula a respeito da Lava Jato. Questionado pelo juiz, Lula negou que o texto foi tratado em conversas com o ex-senador.
O depoimento de Lula começou por volta das 10h15 e durou cerca de uma hora. Usando uma gravata com os núcleos da bandeira do Brasil, Lula entrou na sala de depoimentos acompanhados de seus advogados José Roberto Batochio, Roberto Teixeira, Cristiano Zanin e Sigmaringa Seixas.
Logo no início de sua fala, Lula agradeceu uma oportunidade de prestação de serviço ou depoimento perante “um juiz imparcial” e defendeu o seu governo eo PT, que consideram “o mais importante partido político nas Américas”. “Me ofende profundamente que digam que uma organização de qualidades é uma organização criminosa”, afirmou.
A Polícia Militar do Distrito Federal fechou o trânsito na rua próxima ao tribunal onde Lula prestou depoimento, antecipando-se a possíveis manifestações, mas poucos militantes favoráveis ao ex-presidente apareceram. Não houve tumulto. Lula entrou e saiu pela garagem.
O ex-presidente foi o último a ser ouvido pelo juiz Ricardo Soares Leite, responsável pela primeira instância da Justiça Federal em Brasília. O magistrado deu agora 10 dias para o MPF estudar os automóveis e avaliar a necessidade de novas diligências. A defesa dos acusados terá mesmo prazo. Depois, todos os itens exibem suas alegações finais na ação, última etapa antes da sentença.

