Fuga de Mossoró “foi a única e a última” dos presídios federais, afirma Lewandowiski
Durante uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assegurou nesta terça-feira 16, que a recente fuga de dois detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró será um evento isolado.
Ele destacou múltiplas deficiências no sistema prisional, incluindo o que descreveu como “relaxamento da vigilância”, apontando para a necessidade de uma reformulação abrangente.
Lewandowski enfrentou questionamentos sobre a repercussão negativa da primeira fuga registrada no sistema prisional federal desde sua criação. Reconhecendo a gravidade do incidente, o Ministro admitiu que a evasão dos detentos foi inesperada e indesejada.
“Eu garanto que esta foi a única e será a última [fuga do sistema penal federal]”, afirmou o Ministro, reforçando seu compromisso com a segurança das penitenciárias federais.
Os fugitivos foram recapturados em Marabá, no estado do Pará, após percorrerem mais de 1,6 mil quilômetros desde o local da fuga. Lewandowski atribuiu a evasão às deficiências estruturais e de segurança da penitenciária de Mossoró, caracterizando-a como uma instalação antiquada que não atende aos padrões contemporâneos de segurança.
“É uma prisão que tem mais de 20 anos, uma penitenciária antiquíssima em que os padrões de segurança talvez não fossem tão rigorosos como hoje se exigem nas novas penitenciárias”, explicou o Ministro.
Assumindo o cargo há apenas 2 meses e meio, Lewandowski delineou sua intenção de promover uma gestão responsável e compartilhada com a sociedade e os representantes no Congresso Nacional, visando aprimorar a segurança e a eficiência do sistema penitenciário federal.