Tomba: Governo “manga” da ALRN com “proposta ridícula” para emendas
O deputado estadual Tomba Farias (PSDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, voltou a cobrar nesta terça-feira 7 o pagamento de emendas parlamentares por parte do Governo Fátima Bezerra.
Desta vez, a cobrança foi feita em pronunciamento no plenário da Assembleia. O alvo da fala foi o líder do governo na Casa, deputado Francisco do PT.
“Deputado Francisco, cadê as emendas dos deputados? Cadê as emendas dos municípios? Onde está a Assembleia Legislativa, que se cala? Não podemos passar pelo que estamos passando. Esta Casa não é do governo, é do povo. As emendas são dos municípios”, enfatizou Tomba Farias.
O deputado oposicionista protestou, ainda, contra a proposta apresentada pelo governo de pagar apenas R$ 500 mil em emendas no mês de maio. Cada deputado tem direito a reservar no orçamento de 2024 a execução de R$ 4 milhões.
“A proposta que Francisco trouxe o pessoal recebe, mas, para mim, no meu ponto de ver, é ridícula. É uma proposta mangando desta Casa. Eu acho que essa é uma proposta que nós precisamos reavaliar esse tipo de coisa. Não pode ficar desta forma”, acrescentou Tomba.
O líder do governo, Francisco do PT, afirmou que não é ele que define o ritmo de pagamento de emendas e que sua parte é fazer a interlocução do governo com os deputados.
“Eu não defino. E eu continuo defendendo a tese de que a gente só pode assumir compromisso se puder cumprir. Então eu trouxe, sim, uma proposta. O deputado Tomba sabe que eu apresentei. Se a proposta não agradou, é outra história”, afirmou.Francisco também rebateu a crítica de Tomba de que o governo está “mangando” da Assembleia.
“Não é mangando, porque o governo nunca fez isso com esta Casa. No passado, deputado de oposição já me disse que não via nem pagamento de emenda parlamentar. Hoje a governadora se esforça para tratar todo mundo por igual. Já tem deputado de oposição que recebeu 100% das emendas (em 2023) e tem deputado de governo que não recebeu suas emendas na totalidade. Isso prova que o governo não discrimina. Esse tipo de discriminação já houve no passado. Eu vou continuar cumprindo com meu papel trazendo proposta. Se ela agrada ou não agrada é um outro debate, é legítimo. Mas foi trazida uma proposta”, finalizou.