Junior Lima: “Quando meu filho nascer, quero criá-lo no meio do mato, subindo em árvores”
Junior Lima fala sobre seu relacionamento com a mulher, a designer de joias Monica Benini, grávida de seu primeiro filho, Otto, e mostra para os leitores o estúdio que tem em seu apartamento em São Paulo
Junior Lima fala sobre seu relacionamento com a mulher, a designer de joias Monica Benini, grávida de seu primeiro filho, Otto, e mostra para os leitores o estúdio que tem em seu apartamento em São Paulo. O cantor e compositor também é sincero sobre as consequências em sua vida do imenso sucesso que fez ao lado da irmã, Sandy, e diz que hoje só faz o que lhe dá prazer.
Otto
“Ser pai já é uma vontade antiga e não posso estar mais feliz, agora que nossa família está crescendo! Estamos vivendo um momento muito especial. É um plano me mudar para um lugar com mais espaço. Quando meu filho nascer, quero criá-lo no meio do mato, subindo em árvores. O amor já é gigante!”
Sucesso
“O que eu conquistei é muito grande. Enxergo isso e dou muito valor. Com 20 e poucos anos, já podia me aposentar. Eu sei o país que a gente vive, estou ligado na realidade à minha volta. Não vivo de olhos fechados. Mas me sinto obrigado a exercer a liberdade que conquistei. Estive em um projeto (com a irmã Sandy) que ocupou muito tempo da minha vida. Não tive adolescência, deixei de viver muita coisa. A melhor maneira que vi para passar ileso e não ficar louco, como outros artistas que começaram cedo, foi não tentar dimensionar nada. Só vivia e realizava. Para não mexer muito com minha cabeça.”
Autoconhecimento
“Quando paramos, precisei evoluir como pessoa. Fiquei um ano parado, sem fazer show, nem nada, só para me aprofundar em mim mesmo. Tive um processo de conhecimento interno que foi forte. Hoje, sou um cara de 32 anos que se conhece muito bem. Sei o que eu perdi e o que ganhei. Consegui me libertar e produzir meu som, minha própria verdade.”
Monica
“Minha mulher cresceu na Serra Gaúcha, no meio das vinícolas, e é como eu, super do mato. Ela é toda green, orgânica. Somos voltados para o meio ambiente, alimentação saudável. Faz parte do nosso dia a dia. Acho que evoluí. Porque já fui aquele moleque totalmente pizza e hambúrguer.”
Vegetarianismo
“Com certeza, foi por influência da Monica. A Sociedade Vegetariana Brasileira me convidou para fazer 21 dias sem carne. Aí, eu me conscientizei. A causa fez tanto sentido para mim, que a vontade de comer carne não acontece mais.”
Ambições
“Meus objetivos hoje são mais emocionais e humanos. Quero exercer minha liberdade musical. No final de Sandy & Junior, a gente tinha essa liberdade. Mas era tudo muito grande. Hoje, só quero fazer o som que estiver a fim de fazer.”
Estúdio em casa
“Quando saí da casa dos meus pais, em Campinas, e vim morar em São Paulo, fui para um apartamento onde não era possível construir um estúdio. Mas assim que pude, me mudei. Sempre me encantei com os equipamentos. Chegou uma hora em que quis tê-los em casa. Vim para cá há dois anos e meio, pouco antes de me casar.”
Decoração
“Nós mesmos decoramos. Profissionais ajudaram, mas foi a gente que escolheu tudo. Temos os gostos muito parecidos e, basicamente, o mesmo estilo. Então, foi fácil. Monica
tem talento e bom gosto para isso. E tem a manha de deixar tudo organizado e bonito.”
Espaço de lazer
“Já fiz muita festinha aqui. É um lugar onde passa muita gente criativa. Tem uma mesa, uma geladeira para bebidas e a mesa de bilhar. A churrasqueira anda meio aposentada, virei vegetariano. Hoje em dia, faço churrasco vegetariano ou pizzada.”
Manimal
“É um projeto eletrônico em parceria com o DJ Julio Torres. Um trabalho autoral. Fiquei um ano produzindo antes de subir ao palco. Eu sentia falta. Logo teremos nova agenda de shows.”
Collab
“É um programa dentro do meu canal no Youtube. Tem personalidade mais lenta, com influência de eletrônico. Mas vou reformular antes da nova temporada. Adequar ao som que estou fazendo.”
Estilo musical
“Comecei no sertanejo, me transformei em pop… Mas eu gostava também de outras coisas e tinha uma banda de soul. Era bom cantar e tocar bateria em lugares menores. Isso me levou a ter uma banda de rock. Depois, parti para a música eletrônica. Demorei para entender que tipo de artista eu era. Hoje, entendo e faço questão de me dar liberdade. Talvez o meu maior desafio seja traduzir essa inquietude para o público. Vivo uma eterna diversão dentro da minha arte.”