5 dicas para estudar matemática para vestibulares e ENEM
A maratona de estudos para quem vai prestar vestibular ou fazer o ENEM no final do ano segue em ritmo acelerado. Para fazer o estudo render, o professor de matemática Fábio Xavier, do Me Salva!, plataforma de ensino que alcançou 20 milhões de estudantes em 2016, preparou algumas dicas e estratégias que são indispensáveis para os estudantes. Confira:
1) Fazer exercícios
Matemática se estuda fazendo exercícios. Não importa o quanto você ler sobre o assunto, ou quantos resumos você fizer; você só entende a matéria de verdade quando pega uma lista de exercícios para resolver. Algo muito comum é o estudante achar que entendeu o conceito na teoria, porém ao resolver na prática as dificuldades aparecem. Por mais frustrante que possa parecer, nessas horas o mais importante é insistir no problema e tentar resolvê-lo de várias maneiras diferentes. Quando se consegue chegar na resposta, todo o conteúdo passa a fazer mais sentido. Além disso, mesmo que não consiga resolver o exercício, é importante entender as estratégias usadas e por que não funcionaram.
2) Entender o porquê e não decorar
Um grande obstáculo para muita gente na hora de estudar para a prova de matemática do ENEM ou de um vestibular é a quantidade de matéria. Como fazer para decorar todas aquelas fórmulas? O grande segredo é entender o porquê das fórmulas, como elas funcionam e de onde elas vêm. É muito comum na hora das provas “dar um branco”. Porém, quanto mais eles entenderem de onde as fórmulas vêm, menos eles irão decorar. E quanto menos fórmulas precisarem decorar, mais tempo sobra para os conteúdos que realmente importam.
3) Conhecer a prova
A prova do ENEM é muito diferente da prova da UFRJ. A da UFRGS é muito diferente da da FUVEST, e a do ITA é muito diferente de qualquer outra. Conhecer a prova de matemática que irá prestar é crucial. Nos meses finais de estudo, o mais produtivo é pegar as edições anteriores da prova e resolver várias questões. O indicado é que a cada uma delas que você errar ou não conseguir resolver, você procure entender qual o raciocínio que leva à resposta correta. As bancas que fazem as questões nem sempre escolhem formatos inéditos (a banca do ENEM, por exemplo, tem alguma obsessão com tanques de água), e os mesmos assuntos e questões que já caíram em anos anteriores muitas vezes são repaginados e usados novamente. Por mais que possam parecer diferentes, o raciocínio por trás da resolução é exatamente o mesmo.
4) Usar todo o tempo da hora da prova
A melhor estratégia na hora da prova de matemática é resolver primeiro as questões que você sabe, pulando aquelas que não conseguir em uma primeira tentativa. Assim, você finaliza as questões que mais domina enquanto tem mais disposição, garantindo mais acertos. Depois disso, volte para as questões com um grau de dificuldade maior. Às vezes tudo que você precisa para chegar na resposta correta era deixar a ideia maturando enquanto resolvia as demais questões. Ainda, uma excelente opção em provas de múltipla escolha é testar se as alternativas fazem sentido e eliminar as que com certeza estão erradas. Mesmo que não consiga chegar em uma resposta definitiva, cada alternativa eliminada aumenta a chance de acertos de uma questão. Vale tudo, menos desistir e ir para casa mais cedo
5) Treinar aproximações
Em geral, as provas de matemática de vestibulares procuram verificar se o estudante compreende os conteúdos, e não simplesmente se ele sabe fazer contas. No entanto, principalmente no ENEM, é comum que as questões envolvam tediosas multiplicações e divisões de números grandes. Para essas horas, é muito útil fazer algumas aproximações para chegar ao resultado mais rapidamente. Por exemplo, digamos que a resposta para uma questão é o número 622/2509 e as opções de respostas são: 0,248, 0,312 e 0,194. Ao realizar a divisão, após vários minutos sairia o resultado 0,2479. No entanto, é possível “arredondar” o numerador e denominador, aproximando o resultado para 625/2500. Essa fração pode ser simplificada até ser obtida 1/4, ou seja, 0,25. Muito mais rápido e suficientemente preciso. Saber quando vale a pena usar uma aproximação em vez de calcular o valor exato requer prática, mas é uma ferramenta valiosa!