Família denuncia falta de atendimento e retira paciente de maca em corredor
Paciente recebeu alta na sexta e voltou a sentir dores no sábado. Hospital afirma que paciente não tem perfil de atendimento emergente.
Sem conseguir atendimento, a família retirou um paciente de uma maca no corredor do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e registrou o caso em um vídeo compartilhado em redes sociais. De acordo com a Aline Souza Brito, filha Raimundo Nonato de Brito, o pai recebe atendimento improvisado em casa por falta de vagas em uma unidade hospitalar especializada.
Por telefone, a médica Lara Santiago, coordenadora da emergência HGF, disse que o paciente foi acolhido no hospital, recebeu atendimento de um clínico geral e fez alguns exames. Ele precisou ficar na emergência para realizar exames e ser encaminhado a tratamento. A médica afirma que a decisão de levá-lo para casa foi tomada pela família, que não quis a permanência do paciente na emergência.
Conforme Aline Souza, a família procurou uma vaga no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) na manhã de sábado (18) por volta das 8h30. Ao meio dia os médicos realizaram um exame de sangue e afirmaram que não tinha como manter Raimundo no local. Ele sofreu uma pneumonia e havia sido internado na unidade há quatro meses, recebendo alta no dia 16 de março. Além da pneumonia, Raimundo paraplégico há 15 anos, após sofrer um acidente.
“Ele precisou ser entubado, ele ficou muito tempo entubado, chegou a ser internado várias vezes. Os médicos chegavam e diziam que ele não ia sobreviver sem aparelho respiratório, mas ele voltou a respirar e recebeu alta na sexta (17)”, explica a filha.
Na madrugada do sábado, ele voltou a sentir dores, e os familiares retornaram à unidade durante a manhã. “A gente não podia nem tocar nele, porque ele sentia muita dor, diz a filha”.
Aline explica que procurou inicialmente o atendimento domiciliar de um médico. “Fomos informados que o médico do programa não atendia na residência durante fim de semana. Depois ligamos pro Samu, que disse que a responsabilidade é do programa de atendimento domiciliar. Ficamos de mãos atadas.”