O número de casos notificados das doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti – dengue, febre chikungunya e zika vírus – vem sofrendo importante redução em todo o Rio Grande do Norte. O último boletim das arboviroses divulgado pela Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) aponta os registros de notificações até a semana epidemiológica número 08, terminada em 25 de fevereiro.
De acordo com Maria Lima, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, “o que pode estar ocorrendo é a redução no número de hospedeiros susceptíveis; notificações que não foram inseridas no sistema, em virtude da mudança de gestores nas secretarias municipais de saúde e conseqüente alteração no quadro de digitadores, além do investimento na qualificação do trabalho de campo dos agentes de endemias em vários municípios do Estado. A Sesap também vem intensificando as ações para um controle vetorial mais eficaz, uma vigilância e uma assistência mais qualificada para a identificação e atendimento dos casos de forma oportuna”, explicou.
Dengue
No Rio Grande do Norte foram notificados 579 casos suspeitos de dengue em 2017, representando uma incidência acumulada de 16,82/100.000 hab. Houve uma redução equivalente a 97,50% no percentual de casos notificados quando comparado ao mesmo período de 2016, quando foram notificados 23.116 casos suspeitos e incidência de 671,55/100.000 hab.
Também observa-se um baixo percentual de casos já confirmados em 2017, apenas 6,74%. Dos 579 casos notificados em 2017, foram confirmados 39 (6,74%) casos, sendo 35 para dengue, 4 como dengue com sinais de alarme. Em 2016, no mesmo período, haviam sido confirmados 5.071 (21,94%), para dengue foram 5.044, dengue com sinais de alarme foram 22 e como dengue grave foram 5 casos
Até o momento, no ano de 2017, nenhum óbito foi confirmado, tendo como causa dengue grave.
Febre de chikungunya
Em 2017 foram notificados como casos suspeitos, um total de 169 casos, verificando se uma redução equivalente a 96,10 no percentual de casos suspeitos em comparação com o ano de 2016, quando foram notificados 4.332 casos suspeitos.
No que se refere aos casos que evoluíram para óbito por chikungunya, em 2017 até o momento nenhum óbito foi confirmado tendo como causa a febre de chikungunya. No ano 2016, foram confirmados 36 óbitos, distribuídos em 10 municípios do Estado, sendo: 21 em Natal, 04 em São Gonçalo do Amarante, 02 em João Câmara, 02 em Mossoró, 02 em Currais Novos, 01 em São Rafael, 01 em Guamaré, 01 em Macaíba, 01 em Parnamirim e 01 em Jardim do Seridó.
Zika vírus
Em 2017 foram notificados 21 casos suspeitos de zika vírus, apresentando uma redução equivalente a 98,96 no percentual de casos notificados em comparação ao ano anterior que registrou 2.010 casos suspeitos.
Dos casos notificados, foram confirmados 02 em 2017 e 16 casos em 2016. Em relação aos casos que evoluíram para óbito no ano de 2017, nenhum óbito foi confirmado, tendo como causa o zika vírus.