Leonardo Vieira fala da reprise de ‘Senhora do destino’ e de homossexualidade
Quem acompanha a reprise de “Senhora do destino” no Vale a Pena Ver de Novo tem a oportunidade de rever Leonardo Vieira no papel de Leandro, um dos filhos de Maria do Carmo (Susana Vieira):
– Foi uma novela incrível de fazer. O elenco era muito legal e o nosso núcleo, alegre e festivo. Sem falar que contava com atores excelentes. O meu personagem era ótimo, foi um presente do Aguinaldo (Silva, autor da trama).
O último trabalho do ator na TV foi em “Os Dez Mandamentos – Segunda temporada”. Recentemente ele recusou um papel em “O Apocalipse”, próxima trama bíblica da Record.
– Eles me procuraram para negociar um retorno, mas a novela ainda estava muito no início, sem detalhes. Achei melhor esperar até os personagens estarem mais definidos – diz ele, que acaba de encerrar a temporada da peça “Nove em ponto”, em São Paulo.
No fim do ano passado, fotos do ator beijando um outro homem foram divulgadas na internet e fizeram com que ele assumisse publicamente sua homossexualidade, por meio de uma carta publicada no Facebook:
– Sempre achei isso desnecessário porque é minha vida particular, ninguém tem nada a ver com ela. Mas, para acabar com qualquer disse me disse da imprensa, eu senti a necessidade de me colocar.
Leonardo acredita que sua atitude ajudou outras pessoas:
– Recebi apoio de toda parte: família, amigos, público. É raro quando entra um ou outro nas redes sociais para falar bobagem. Acho que foi importante falar sobre isso. Muita gente me escreve e me agradece. Essas pessoas já me fizeram achar que valeu a pena. Vivemos num país preconceituoso. Quero ir contra esse tipo de comportamento e lutar contra a discriminação, o ódio e a intolerância.
O ator garante que não pretende se tornar um símbolo da causa:
– Não tenho nenhuma pretensão de virar um herói da causa LGBT, mas não é de hoje que eu trabalho pelos direitos humanos. Sempre fui um cara que estive preocupado com essas questões. Onde precisarem de mim estou disposto a estar, não por uma causa específica, mas pregando o respeito ao ser humano e lutando por isso.