“Está tudo ilegal nesse projeto da Prefeitura de Natal”, afirma a vereadora Natália Bonavides
A vereadora Natália Bonavides (PT) tem travado um firme embate na Câmara Municipal de Natal para impedir a aprovação do Projeto de Lei do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), que pede autorização à Câmara para sacar R$ 204 milhões do fundo previdenciário do município – o NatalPrev. “Estou estarrecida. Está tudo ilegal nesse projeto, ele sequer passou pelo Conad – Conselho da Natalprev – que precisava aprová-lo”, explicou Bonavides.
Hoje (28) pela manhã, por falta de quórum, a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Natal foi suspensa e os vereadores não puderam dar continuidade à apreciação de vetos pendentes na Casa.
“Disseram que existe realmente um débito, mas que não vão dizer valor, eles explicaram que a procuradoria os orientou a não repassar as informações para a gente enquanto o projeto não for votado, porque isso poderia prejudicá-los politicamente. É escandaloso. Admitiu-se que há um débito e que só se passarão as informações depois de aprovar o projeto, esta é a proposta da prefeitura”, denuncia a vereadora.
Bonavides explica que a Prefeitura de Natal pediu para passar o projeto em regime de urgência, com audiência pública já marcada para semana que vem, com a convocação da presidente da Natalprev e do ex-presidente para amanhã (quarta-feira 29). “Eles estão fugindo do debate, pois tentaram aprovar o projeto sem debate, sabendo de tudo isso”.
Natália disse que gostaria que o prefeito Carlos Eduardo comparecesse à Câmara para apresentar suas propostas. Ela questionou o fato de que ele tem evitado fazer isso, escondendo as informações que ela tem solicitado.
“A gente devia ter a oportunidade de debater na Câmara com técnicos do Natalprev, com todos os vereadores da bancada do prefeito, aí ele vai lá e explica e convence todo mundo. Por que o prefeito não faz isso na Câmara com a população assistindo, e mostrando com dados por que é tão necessário o projeto? Ao invés disso, ele diz na nossa cara que há um deficit, mas que não vai passar informações. A gente não está tendo oportunidade de apresentar alternativas”, reclamou.