Empresários lotam auditório em Mossoró para ouvir relator das leis trabalhistas
As mais importantes entidades representativas dos empresários do Rio Grande do Norte, como FIERN, Faern, Fecomercio, Fetronor, CDL, ACIM, sindicatos, bem como Diretores da Federação das Indústrias, presidentes de sindicatos filiados, e dezenas de empresários de todos os segmentos estiveram presentes nesta segunda-feira, 03, no auditório do SENAI/Ítalo Bologna, em Mossoró, na palestra sobre Modernização das Leis Trabalhistas, com o Deputado Federal Rogério Marinho, relator da comissão que analisa a modernização das leis trabalhistas na Câmara Federal.
Os presidentes da Fecomercio, Marcelo Queiróz, da Faern, José Vieira, da Fetronor, Eudo Laranjeiras, e o diretor do Sebrae, Eduardo Viana, se deslocaram de Natal para prestigiar a palestra.
O evento, realizado pelo Sistema FIERN, contou com discurso do presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, e uma apresentação da Gerente Executiva de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria, Silvia Lorena. Após a participação de cada um, os presentes puderam tirar dúvidas e pedir esclarecimentos ao deputado e a gerente da CNI, com mediação do presidente da Federação das Indústrias.
Rogério Marinho fez uma defesa enfática das mudanças na legislação trabalhista e lamentou as resistências por parte de alguns setores. “Quem resiste, certamente quer que continue como está a situação do país”, disse o deputado. Ele afirmou que o país tem hoje 38 milhões de brasileiros com carteira assinada, mas 13 milhões de desempregados, 10 milhões de subempregados e mais de 40 milhões que estão em idade laboral e que sequer estão procurando emprego por estarem em desalento, nem estudam e nem trabalham. “Se essas pessoas estão satisfeitas com essa situação eu não estou”, disse.
Para o parlamentar potiguar, esse é o momento em que o Brasil tem a oportunidade de virar a página e de recomeçar. “Treze anos de governo do PT deixou uma herança, um legado muito ruim. Não existe parâmetro, não existe paralelo, na história do Brasil, em 116 anos, desde 1901, quando começou a se auferir o Produto Interno Bruto, um período tão prolongado, tão agudo de crise econômica” disse.
Para o país sair dessa situação, enfatizou o deputado, é necessário se ter foco, coragem. “Porque não são medidas populistas, são medidas importantes de reestruturação, mas que precisam acontecer para que nós possamos gerar emprego, para que o país volte a crescer e volte a dar oportunidade aqueles que querem empreender e trabalhar”.
Ele explicou que toda mudança traz algum desconforto. “O Brasil tem 17 mil sindicatos. Na Alemanha são oito. Na Argentina menos de cem. Os Estados Unidos poucos mais de 200. No Reino Unidos, 168. Aqui são 17 mil, alguma coisa está errada, essas pessoas certamente têm dificuldades em achar que as coisas podem mudar, mas vão mudar para o Brasil voltar a crescer”.