Robinson e Fábio Faria teriam recebido R$ 5 milhões da JBS para privatizar Caern

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O governador Robinson Faria (PSD-RN) e seu filho, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) foi citado nas delações da JBS acusado de receber R$ 5 milhões em propina em troca da privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). No mês passado,o consórcio Aqua foi selecionado pelo BNDES para fazer os estudos técnicos para abertura de capital da estatal pelo valor de R$ 6,3 milhões.

Além das declarações sobre os acertos feitos com o governador Robinson Faria, os empresários da JBS entregaram à Justiça outros tipos de provas, como anotações e planilhas com a relação das doações feitas.

Em uma delas, é possível ver “02/10-Robinson Faria-1”, em outra “5 milhões Robinson Faria R. G. do Norte”. Nesta mesma anotação também é possível ler “0,5 Fátima Bezerra Senadora”. Segundo os investigadores, as anotações se referem as datas e valores repassados pela JBS para os políticos potiguares.

Além de Robinson, também foram citados o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), o de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG), o de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD-SC). Os ex-governadores Cid Gomes (PDT-CE), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Silval Barbosa (PMDB-MT) e André Puccinelli (PMDB-MS) também aparecem nas delações.

O empresário Joesley Batista, da JBS, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que seu grupo empresarial pagou, “nos últimos anos”, R$ 400 milhões em propina a políticos e servidores públicos. A lista, segundo ele, inclui senadores, deputados e presidentes da República.

O delator contou que o levantamento dos valores foi feito por meio de uma investigação interna em seu grupo empresarial, que ele próprio determinou, antevendo que seria chamado a dar explicações ao Ministério Público Federal (MPF). A JBS é alvo de ao menos cinco operações policiais que avaliam fraudes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e corrupção.

O empresário contou que seu grupo empresarial está envolvido em crimes há “10, 15 anos”. O montante de doações legais a políticos, segundo ele estimou, é bem menor que o que foi o distribuído “por fora”: R$ 100 milhões.

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