Especialista aponta sete erros nos programas de Segurança Pública do RN

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O Rio Grande do Norte, só em 2017, já registrou 565 mortes violentas, de acordo com os dados do Observatório da Violência Letal Intencional no RN (OBVIO). Os números apontam um aumento de 26,97% em relação a índices do ano passado. Segundo o especialista em Segurança Pública, Ivenio Hermes, sete ações precisam ser assimiladas pela gestão de segurança pública do Estado para obter resultados positivos nas ações em combate à violência.

O planejamento do Estado propôs ações, como as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) e o programa Ronda Cidadã, que atua nas zonas Leste e Oeste de Natal, além de Mossoró, mas segundo o especialista, o Governo deixou de considerar alguns elementos para a efetivação do plano, confira:

1. Efetivo

O especialista apontou como uma das principais falhas dos programas, a falta de efetivo para atender os planos, tendo em vista que o estado já estava ciente do déficit das polícias Civil e Militar do RN.

2. Programa de Recompensas

Segundo Ivenio, não houve um programa de recompensas para os operadores de Segurança Pública. O especialista apontou como exemplo, a Paraíba, onde se premia aqueles que conseguem reduzir a violência em suas áreas, aqueles que mais apreendem armas de fogo, drogas ilícitas, veículos roubados e outros itens que servem como indicadores para aferição de resultados.

3. Mapeamento

De acordo com o especialista, não há um mapeamento de resultados para definição de estratégias, ou seja, não se sabe qual ação está dando resultado e qual não está, desta forma dificultando para possíveis reforços ou descontinuação de ações.

4. Combate à impunidade

O Estado se concentrou nas ações de policiamento ostensivo, mas não buscou dar condições de melhor investigação de crimes praticados, por isso a impunidade continua muito grande e ela é fator determinante para a retroalimentação dessa criminalidade.

5. Ações Sociais

O planejamento somente visou integrar as políticas públicas de segurança, mas deixou de lado as ações sociais educativas, geração de emprego e renda, resgate de famílias em situação de suscetibilidade e outras ações que juntas agiriam no cerne ou nascedouro do problema.

6. Capacitação da Polícia

Foram deixadas de lado as ações de capacitação de polícia de proximidade, de valorização do agente de segurança pública dentro dessa ação Cidadã, o que dificulta a interação das comunidades com as polícias, tornando-se um obstáculo para a implantação das rondas cidadãs e áreas integradas.

7. Integração

O especialista indicou que, por fim, faltou uma integração real entre as polícias, a aferição técnica de resultados e reuniões coordenadas para definição de estratégias locais.

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