Risco de epidemia de dengue, zika e chikungunya é alto, mas imprevisível
No ano passado, o Rio Grande do Norte sofreu com o alto índice de pessoas vítimas de dengue, zika e chikungunya. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap), foram notificados 63.482 casos suspeitos de dengue, sendo 9.686 (15,26%) confirmados; nos casos de chikungunya foram 27.288 notificados, sendo 8.307 confirmados pela Secretaria através de critérios laboratoriais, clínicos e epidemiológicos; quanto ao zika vírus foram 5.841 notificações e 168 casos confirmados.
O boletim também apontou o número de casos que evoluíram para óbito. Os dados reforçam o alerta para a vigilância epidemiológica no Estado, já que de 2015 para o ano passado, o aumento foi de 232,79%. Dos casos de morte notificados em 2016, obteve-se a seguinte classificação final: 11 confirmados para dengue grave, 34 chikungunya e 3 para zika, totalizando 48 óbitos encerrados, sendo que 147 casos continuam em investigação.
Segundo Maria Lima, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, o surto ocorrido por arboviroses em 2016 no Rio Grande do Norte, aponta uma situação preocupante para o ano de 2017. “Verifica-se a existência de grande contingente humano, provavelmente mais de 90% da população do Estado, que ainda estará exposto previamente pelo vírus zika e chikungunya. Essa situação poderá contribuir para o aumento da ocorrência de epidemias com formas graves da doença, contribuindo assim para um número elevado de óbitos, já que apenas 18% dos municípios do Rio Grande do Norte estão em situação satisfatória”, declarou.
Com essa expectativa, a Sesap vem intensificando as ações para um controle vetorial mais eficaz, uma vigilância e uma assistência mais qualificada para a identificação e atendimento dos casos de forma oportuna. É indicada também uma supervisão nos casos e agravos em cada região, pois, há diferenças na distribuição e incidência de cada agravo em cada região de saúde.
* Texto produzido pela estudante de jornalismo Alda Mariana Campelo