Walfredo Gurgel funciona em situação de lamúria e precariedade extrema, denuncia ex-diretor

O ex-diretor e médico da unidade, Sebastião Paulino, considera que o hospital possui uma estrutura extremamente grotesca e dramática.

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Na próxima sexta-feira (31), o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel completa 44 anos de serviços prestados à população de todo o Rio Grande do Norte (RN). Atualmente o maior hospital do estado possui um quadro com mais de 2.000 funcionários, e atende a uma média de 250 pacientes/dia, chegando a mais de 7.000/mês (vindos da capital, do interior e de outros estados). Entretanto, segundo afirma o ex-diretor e médico da unidade, Sebastião Paulino, o hospital possui uma estrutura extremamente grotesca e dramática.

Em caráter de urgência, de acordo com o médico, hoje os principais problemas que o Walfredo enfrenta são a falta de medicamentos, falta de leitos e um alto índice de pessoas sem a devida assistência médica pelos corredores da unidade.

“Hoje, enfrentamos uma estrutura extremamente grotesca, dramática, até traumatizante, que é, por exemplo, a questão do abastecimento precário, dos pacientes nos corredores que você encontra. Dias são mais, dias são menos. Há um percentual elevado de pacientes precisando de UTI, e em determinados ambientes do hospital, nós não temos vagas, então ele fica mal acomodado, sem a assistência que deveria ter.”

Segundo o ex-diretor da unidade hospitalar faltam itens cruciais para prestação dos serviços de assistência médica, como medicamentos combatentes das principais doenças.

“Trabalhamos numa situação de precariedade extrema, lastimável, e de muita lamúria. Porque tem um grande número de pacientes que precisam dos serviços e com uma farmácia extremamente mal abastecida. Hoje nós temos bactérias perigosas dentro da UTI e dentro do ambiente Hospitalar, e por muitas vezes falta o antibiótico, que é o principal agente de defesa contra essas doenças.”

Em situação crítica, pela falta de recursos no hospital, o médico entende que uma possível solução para toda essa crise seria o investimento, prioritário e urgente, na unidade.

“Urgentemente, o Governo precisa investir na unidade. Não podemos deixar que o maior hospital do estado continue mal abastecido e funcionando na precariedade. A medicina preventiva também precisa ser executada em sua plenitude, caso contrário os pacientes pioram e acabam lá no hospital ou em cima de uma maca em um corredor precisando de um leito de UTI. Isso aí, é a nossa rotina do dia a dia.”

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