“Robinson está deixando a população morrer à míngua”, afirma Simone Dutra
Nesta segunda-feira (10), o Sindicato da saúde (Sindsaúde) informou que o Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina), na Zona Norte de Natal, está com apenas um médico pediatra, devido a paralisação dos médicos da Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (COOPMED), que está há quatro meses sem pagamento. Diante da situação crítica, a vice-coordenadora geral do Sindsaúde-RN, Simone Dutra, afirmou que o Governo do estado é o principal responsável pela situação caótica da saúde.
Além da falta de profissionais, uma das três salas de parto está desativada, devido a um princípio de incêndio no ar condicionado neste final de semana. Com apenas um médico, é possível que vários partos deixem de ser feitos no dia de hoje.
“Sem receber salários, não tem como nenhum médico trabalhar. Já são quatro meses sem pagamento. E isso tudo é responsabilidade do governador, o senhor Robinson está deixando a população morrer à míngua”, afirma a vice-coordenadora.
A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (COOPMED) tem um contrato que prevê que após três meses de salários atrasado pode ser encerrado. Segundo o Presidente do Sindicato dos Médicos (SinMed), Geraldo Ferreira, com quatro meses atrasados, e sem nenhuma perspectiva de pagamento, a situação fica extremante difícil.
“Ninguém quer deixar de trabalhar, os médicos querem continuar prestando seus serviços, mas sem receber a quatro meses, a situação fica crítica. A saúde pública do estado está no chão e o maior prejudicado é quem precisa de assistência”, disse o presidente.
A falta de recursos devido à crise econômica e a necessidade de reajuste fiscal, ainda segundo Simone não são justificativas para retirar direitos da população.
“O governador é o responsável, das finanças do estado 5 a 10% serem repassado para a saúde, é muito pouco. Nesta situação de extrema urgência, é responsabilidade do estado, do judiciário e do legislativo também”.
Ainda sobre a situação do Santa Catarina, a vice-coordenadora reiterou que a recomendação, é não atender nenhum paciente com primeiros cuidados, nem de obstetrícia.
“A situação é gravíssima, isso se significa que pacientes de alto risco nem serão atendidos lá, é necessária uma imediata solução por parte do governador, e dos outros poderes também”.