Começam nesta terça-feira interrogatórios da Operação Sinal Fechado
O processo judicial sobre as fraudes da Operação Sinal Fechado tem interrogatórios dos principais delatores nesta terça-feira (30). Os réus George Olímpio, Marcus Vinícius Furtado e Alcides Barbosa estão sendo ouvidos na 3ª Vara Criminal, no bairro de em Potilândia, em Natal, para relatarem os detalhes do esquema que visava fraudar o setor de inspeção veicular no Detran. Os três confessaram os crimes e firmaram acordo para delação premiada.
Os envolvidos já confessaram a participação e estão colaborando com informações sobre outros supostamente envolvidos no esquema fraudulento. Nenhum dos delatores, no entanto, está preso.
Memória
A Operação Sinal Fechado foi deflagrada em novembro de 2011, nove meses após início da investigação por parte do Ministério Público. O foco era o contrato da inspeção veicular ambiental, onde ficou constatado que uma quadrilha comandada por George Olímpio e com apoio de políticos fraudou desde o processo de elaboração da lei, em meados de 2009, até o processo licitatório, em 2010, chegando ao ponto de determinar o modelo de prestação do serviço — por meio de concessão —, o que permitiria a obtenção de elevados lucros com o contrato, em detrimento do erário e da população.
Segundo apuração do MP, a fraude à licitação foi tamanha que a organização chegou a elaborar o próprio edital de licitação, direcionando-o para o Consórcio INSPAR, além de elaborar os seus anexos e as respostas às impugnações de empresas concorrentes, garantindo a vitória. Com a fraude, a quadrilha teria um faturamento bruto no montante de R$ 1 bilhão no prazo da concessão, que seria de 20 anos.
Além dessa fraude, também foi descoberto que o convênio com o Instituto de Registradores de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do RN (IRTDPJ/RN), em meados de maio de 2008, também foi fraudado, assim como a contratação emergencial fraudulenta da empresa PLANET BUSINESS LTDA, para o registro dos contratos de financiamento de veículos no estado.
A Sinal Fechado cumpriu 14 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão, além do sequestro dos bens de suspeitos no valor de R$ 35 milhões.
*Com informações do Jornal Tribuna do Norte