Brasileiras da seleção ameaçam entrar na Justiça contra ranking da Superliga de vôlei

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Nove jogadoras da seleção brasileira de vôlei se manifestaram, nesta segunda-feira, contra as novas regras da Superliga feminina, anunciadas na última quarta. A principal reclamação, mais uma vez, é contra o ranking que pontua as atletas e limita os elencos de cada time de acordo com essa pontuação.

A regra existe no vôlei brasileiro desde a temporada 1992/93, com objetivo de equilibrar as equipes participantes do torneio. Nos últimos anos, porém, o ranking tem gerado reclamações, principalmente, das atletas de maior pontuação (sete), que têm dificuldades para encontrar times para atuar.

Para 2017/18, o regulamento apresenta uma novidade, que atinge justamente as atletas de pontuação sete: cada clube só poderá ter duas jogadoras desse nível e também apenas duas estrangeiras, enquanto as demais, classificadas de zero a seis, estão liberadas para acertar com qualquer equipe.

São justamente as nove jogadores de pontuação sete que assinam a reclamação e ameaçam até a entrar na Justiça contra o ranking. São elas: Dani Lins, Fabi, Gabi, Jaqueline, Tandara, Sheilla, Fernanda Garay, Natália e Thaísa – as três últimas estão jogando fora do país, enquanto Sheilla se encontra sem clube.

“Nós, que defendemos a Seleção Brasileira, que nos destacamos, agora seremos punidas por isso. Não é razoável. Aliás, não há lógica nisso. Queremos ser tratadas de forma igual, sob pena de nos socorrermos ao Poder Judiciário, tendo em vista a clara e manifesta afronta a princípios constitucionais”, dizem.

Até a última temporada, todas as jogadoras eram pontuadas normalmente, e cada equipe não podia ultrapassar a marca de 43 pontos com seu elenco. A nova regra foi aprovada em votação, com a presença dos clubes e um representante da Comissão de Atletas, e será usada como teste em 2017/18.

Estiveram presentes na votação o Vôlei Nestlé (SP), Dentil/Praia Clube (MG), Fluminense (RJ), Rexona-Sesc (RJ), Camponesa/Minas (MG), Genter Vôlei Bauru (SP), Pinheiros (SP) e São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) e o presidente da Comissão de Atletas, eleito pelas jogadoras, Gilmar Teixeira, o Kid.

“A própria CBV criou a chamada “Comissão de Atletas”, mas esta comissão ligada à própria instituição tem apenas um voto na decisão do ranking. Não é razoável. Se há cerca de 10 clubes votantes, as atletas nunca terão chance contra os demais. Repetimos: não é razoável”, reclamam as atletas.

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