Com números parecidos a 2013, Cielo evita empolgação: “Estou tentando me segurar”
Em testes de velocidade e força, campeão olímpico consegue resultados semelhantes com os que conseguiu no tri mundial de 2013: "A tranquilidade de estar tão bem é bacana"
Os últimos meses de Cesar Cielo foram um turbilhão de emoções. Em abril do ano passado, não conseguiu a vaga para a Olimpíada, em agosto “se sentiu mal” ao ver a final da Rio 2016, em outubro deu uma entrevista dizendo que não sabia se voltaria a competir e, em fevereiro, assinou contrato com o Clube Pinheiros. Da desilusão olímpica até os primeiros testes de velocidade e força, meses de dúvidas. Agora, o campeão olímpico de 2008 está animado com os resultados que vêm obtendo nos testes de força e velocidade que tem feito nos treinos:
“A tranquilidade de estar tão bem é bacana. Estou tentando me segurar um pouco, sempre fui muito exigente. Estou com boas expectativas, quero fazer meu melhor. Dá para nadar bem melhor nas próximas semanas, e no Maria Lenk, fazer tempos que não faço desde 2013 e 2014. Os números que tive nos testes são parecidos ou até melhores que os de 2013”, disse.
O ano de 2013 foi especial para Cesar Cielo. Após passar por uma operação nos dois joelhos, se recuperou fisicamente e conquistou o tricampeonato mundial dos 50m livre em Barcelona (Espanha), além de ter levado o ouro também nos 50m borboleta. Na ocasião, fez a marca de 21s32, sua melhor performance sem os trajes tecnológicos. Em 2014, terminou a temporada em segundo lugar no ranking mundial (21s39) e levou três ouros e dois bronzes no Mundial em piscina curta, em Doha.
Sua primeira competição oficial ocorreu no último sábado. Um torneio pequeno no Esporte Clube Pinheiros, que valeu como tomada de tempo. Cielo saiu vencedor com 22s44, 15ª melhor marca do mundo no ano, mas ainda distante dos 21s91 que o deixou fora da Olimpíada em abril.
“Foi o primeiro passo legal, deu uma quebrada de gelo, mas não fiquei contente com o tempo, queria fazer mais baixo. Foi bastante informação. Quando sai da piscina, comecei a pensar no que eu poderia ter feito melhor. Era muita coisa. Eu estava ansioso, eram 11 meses sem competir. Perdi um pouco o ritual, tanto que eu subi no bloco antes, levei até uma chamada do árbitro”, disse, sorrindo.