Após 1ª denúncia, MP deve investigar Flávio Bolsonaro por lavagem de dinheiro
O inquérito das rachadinhas, esquema criminoso de desvio do salário de servidores da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), do qual o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é investigado, deve avançar neste ano. Segundo quem acompanha as investigações, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também poderá entrar no foco do Ministério Público do Rio (MP-RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A intensificação das investigações no ano passado levou à prisão, em junho, do ex-motorista Fabrício Queiroz, escondido em Atibaia, em propriedade de Frederick Wassef, advogado da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No início de novembro, o MP-RJ denunciou Flávio, sua mulher, Queiroz e outros 14 ex-assessores do gabinete do filho do presidente. A denúncia de 290 páginas aguarda análise do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Queiroz é apontado como operador do suposto esquema que teria sangrado os cofres da Assembleia Legislativa do Rio por mais de dez anos.
Ficaram de fora da peça ajuizada pelos promotores pontos-chave da investigação. Um deles é o suposto uso de uma loja de chocolates na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para lavar dinheiro. O ex-deputado e um sócio, suspeitam os investigadores, praticariam fraudes em uma franquia da Kopenhagen. Usariam a contabilidade do negócio para “esquentar” dinheiro supostamente desviado dos salários de funcionários nomeados por Flávio. Eles não trabalhariam e repassariam parte dos vencimentos a Queiroz. A defesa de Flávio sempre negou as acusações.