CPI da Covid: Wizard usará “direito ao silêncio” e diz que não responderá as perguntas
Anita Efraimqua., 30 de junho de 2021 11:40 AM·1 minuto de leitura
O empresário Carlos Wizard chegou à CPI da Covid com um habeas corpus, dado pelo Supremo Tribunal Federal, que permite que ele fique em silêncio durante as perguntas dos senadores.
O anúncio de que Wizard foi feito após um discurso de abertura inicial do depoente, no qual ele falou sobre o papel da religião na vida dele e da família e alegou não ser médico, o que o impediria de receitar cloroquina.
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“Por orientação dos meus advogados, e em conformidade com o decidido pelo Supremo Tribunal Federal, doravante, vou permanecer em silêncio”, disse Wizard, antes de o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) começar as perguntas.
Wizard está acompanhando do advogado, Alberto Zacharias Toron. “Ele vai permanecer calado em todas as perguntas, como lhe assegura o habeas corpus. É exatamente essa a extensão do decidido e assim ele fará”, afirmou. O depoente não respondeu sequer qual a religião que segue, ao ser questionado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
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Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que ocupava o posto de presidente da CPI no momento, consentiu e lembrou que a decisão é direito de Carlos Wizard. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) lembrou que, apesar do direito de permanecer calado, Wizard tem o dever de permanecer na CPI e ouvir todas as perguntas feitas.
“Todos os senadores tem o direito de fazer a inquirição e, obviamente, se em algum momento o senhor depoente entender por bem responder o questionamento, ele o responderá”, disse Randolfe Rodrigues.